Dia: 29 de setembro de 2025

  • Gestão de Risco Trabalhista: o guia prático que todo gestor precisa agora

    Gestão de Risco Trabalhista: o guia prático que todo gestor precisa agora

    No episódio #137 do BWA Cast, Daniel Viana, sócio-diretor da BWA Global na área trabalhista, e Daniel Bernardo, advogado trabalhista e sócio-gestor da D&A Advogados, participam de uma conversa fundamental sobre Gestão de Risco Trabalhista.

    A gestão de risco trabalhista ainda tira o sono do empreendedor — de horas extras e jornada a convenção coletiva, pejotização, controle de ponto, motoboys/entregadores, FGTS e rescisão indireta. Este post organiza os principais riscos, traz orientações práticas e aponta decisões e rotinas que evitam passivos.

    O que mais gera risco trabalhista hoje

    • Horas extras e jornadas: intervalos não respeitados, ausência de escalas claras e registros inconsistentes.
    • Convenção coletiva: enquadramento errado e descumprimento de cláusulas econômicas e de SST.
    • Benefícios mal aplicados: critérios diferentes para funções semelhantes, sem respaldo normativo.
    • Cotas legais: aprendiz e PCD fora do percentual, sem plano de adequação.
    • Pejotização mal estruturada: subordinação disfarçada (horários, uniforme, ordens diárias) → reconhecimento de vínculo.
    • Controle de ponto manual: rasuras e “horário britânico” enfraquecem a prova do empregador.
    • FGTS em atraso: alimenta pedidos de rescisão indireta com condenações crescentes.

    O que mudou na fiscalização

    • Mais automação via eSocial e trocas eletrônicas com auditores.
    • Prova do empregador: ponto manual pode ser desconsiderado; sistemas eletrônicos (geo, face, apps) trazem segurança.
    • Condenações mais caras: juros e correções fazem processos longos pesarem ainda mais no caixa da empresa.

    Pejotização: quando dá certo e quando dá errado

    Casos de insucesso: jornada fixa, uniforme, ordens diretas, notas iguais por meses, exclusividade fática.
    Casos de sucesso: trabalho por demanda, foco em entregas, liberdade para recusar serviços, múltiplos clientes.

    Checklist PJ seguro:

    • Contrato por resultado, não por jornada.
    • Sem uniforme, ponto ou obrigações CLT.
    • Liberdade real para atender outros clientes.
    • Remuneração por entregas (laudos, pareceres, marcos).

    Motoboys e entregadores: vínculo ou prestação de serviços?

    • Risco alto de vínculo: subordinação, obrigatoriedade de aceitar pedidos, jornada fixa.
    • Risco reduzido: autonomia para recusar, múltiplos contratantes, pagamento por entrega.
    • Mitigação: prever seguros, EPIs e cláusulas contratuais claras.

    FGTS e rescisão indireta

    • Atraso é suficiente para pedido de rescisão indireta.
    • Pagamento tardio não elimina o descumprimento.
    • Melhor prática: avaliar fluxo de caixa, rescindir de forma planejada e estancar correções.

    O que fazer agora (plano em 5 passos)

    1. Diagnóstico de riscos: jornadas, CCT, cotas, benefícios, FGTS.
    2. Migrar do ponto manual para ponto eletrônico moderno.
    3. Padronizar contratos e processos de admissão/saída.
    4. Treinar líderes, RH e DP sobre conformidade e convenções coletivas.
    5. Criar rotina de compliance mensal e comitê jurídico-contábil.

    Antecipe-se. Migrar para sistemas de ponto, revisar contratos PJ e manter o FGTS em dia são medidas que reduzem falhas, protegem o caixa e evitam passivos.

    🎧 Assista o episódio completo: